sábado, 2 de junho de 2012

Mais um ano na fila

Mais um ano na fila Em 2012, mais uma vez ficaremos apenas assistindo o Oscar como telespectadores, sem poder torcer por uma produção nacional, pois Tropa de Elite 2 não foi pré-selecionado na maior festa do cinema mundial para a categoria de melhor filme estrangeiro. Por um lado fico triste porque assim como sou fã de TV, também amo o cinema e o teatro, a dramaturgia em geral e torço para o nosso sucesso no exterior. Por outro lado, acho que está na hora dos produtores e executivos de cinema- que escolhem o filme brasileiro para a disputa- se conscientizarem de que o Brasil precisa ser visto lá fora por um outro prisma. Basta de escancararmos a nossa violência- nua e crua-A vida já anda tão violenta e triste que não há necessidade de retratá-la também na ficção, pois a realidade se encaminha disso dia após dia por meio dos nossos noticários na TV e na mídia em geral, muitas vezes, uma imprensa marrom, sem comprometimento com a verdade Das únicas 4 vezes que disputamos o Oscar, tínhamos histórias belíssimas e humanas que mostravam um outro lado do Brasil. Em 1963, foi a vez do O Pagador de Promessas (1963), O Quatrilho (1996); O Que É Isso, Companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999). Destes quatro, tenho que destacar a sutileza de Central do Brasil e a estonteante interpretação da estrela Fernanda Montenegro- única atriz brasileira a disputar um Oscar de melhor atriz. Ela merecia ter trazido a estatueta para casa. Mas, parece que isso não faz muita diferença. Há 12 anos estamos fora da festa e olha que temos qualidade para estar lá. Acho que está na hora de acender o sinal de alerta.

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